O FBI admitiu ter violado a privacidade dos norte-americanos em diversas ocasiões, ao longo de 2006, para obter dados pessoais dos cidadãos no decorrer de investigações a casos de espionagem e terrorismo, assumiu Robert Mueller, director da agência federal.
O responsável declarou diante do comité judicial do Senado que a violação da privacidade dos indivíduos por parte dos agentes do FBI e advogados ocorreu um ano antes da agência proceder às reformas de Março de 2007, que tinha como objectivo a prevenção de incidentes semelhantes.
Todos os detalhes referentes aos abusos do FBI serão emitidos num comunicado do inspector-geral do Departamento de Justiça norte-americano, que deverá publicar o relatório do caso nos próximos dias.
Essa documentação é o seguimento de uma auditoria que foi feita há um ano, na qual ficou patente que o FBI exigiu, entre 2003 e 2005, dados pessoais de cidadãos a entidades bancárias, operadores de serviços telefónicos e Internet e a agências de crédito, sem autorização oficial.
Robert Mueller informou os senadores de que o novo relatório irá examinar a utilização das cartas nacionais de segurança lançadas em 2006, "identificando assuntos semelhantes aos do relatório de Março passado". O mesmo responsável informa ainda que esta análise e o abuso de privacidade registado "é anterior à reforma que agora está em vigor".
Agora, o objectivo prioritário, para Robert Mueller, é assegurar a confiança dos norte-americanos através de práticas "correctas".
Em resposta ao director da agência federal, o democrata Patrick Leía, pediu ao chefe da agência policial que sejam implementadas politicas que corrijam "o uso inapropriado e ilegal das cartas de segurança nacional" e, principalmente, que sejam criadas medidas que previnam o acesso a determinadas informações, que são pessoais, apenas "porque um agente do FBI assim o deseja".
As cartas de segurança nacional são ordens de apresentação dispostas na Legislação Patriótica, onde se incluem a Lei de 2001 para o Fornecimento Adequado dos Instrumentos Necessários para Interceptar e Obstruir o Terrorismo e a assim como a Lei de 2003 para a Intensificação da Segurança Interna.
Esta última, permite o controlo e vigilância da população e aumenta os poderes policiais e de vigilância, garantindo ao governo o acesso às contas bancárias individuais, às informações nos computadores caseiros, às escutas telefónicas, às contas dos cartões de crédito, entre outros dados. A questão levantada agora com este caso é que as pesquisas do FBI foram para além daquilo que era suposto, não só porque foram efectuadas investigações sem autorização superior, como o número de dados recolhidos superou os permitidos judicialmente.
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