A manifestação convocada para sábado, dia 12 de Março, conta com mais de 56 mil inscritos no Facebook, que desta forma mostram identificar-se com o mote "Geração à rasca" e afirmam pretender participar numa das cidades onde o protesto terá lugar.

Braga, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Funchal, Guimarães, Leiria, Lisboa, Ponta Delgada, Porto e Viseu são as 11 cidades candidatas a acolher os manifestantes, embora, ao que a Lusa apurou, apenas em nove o protesto foi comunicado oficialmente às devidas autoridades.

O desafio foi lançado por Alexandre de Sousa Carvalho, Paula Gil, João Labrincha e António Frazão, na rede social Facebook, com base num "manifesto", criado numa mesa de café.

No documento os quatro jovens apelam aos "desempregados, quinhentoseuristas e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal!" que mostrem o seu degrado pela situação vivida, manifestando-se no próximo sábado.

O movimento garante que é "apartidário, laico e pacífico" e pretende apenas demonstrar o descontentamento de quem quer ter direito ao emprego, à educação e a melhores condições de trabalho.

Segundo Paula Gil, em declarações à agência Lusa, este foi "um movimento espontâneo e cívico" para "criar um grupo de debate" que envolvesse "políticos, empregadores, jovens, pessoas de mais idade, que neste momento se encontram em situação precária".

Embora o número de confirmações no Facebook seja elevado, os organizadores defendem que o valor deve ser visto como um "mero indicativo", não arriscando níveis de presenças efectivas. Neste momento a página do Protesto Geração à Rasca mostra 59.960 sins...