O desafio é no mínimo fora do vulgar mas é pelo “futuro da saúde intestinal”. Uma startup que desenvolve uma app de saúde, Auggi, e uma empresa que comercializa probióticos, Seed Health, querem desenvolver a maior base de dados de fezes com base em imagens partilhadas na Internet.
O objetivo está claro: "treinar a inteligência artificial (IA) para alterar o futuro da saúde intestinal". Mas de que forma é que os cidadãos podem contribuir para esta causa? Primeiro que tudo terá de aceder ao site da campanha no smartphone e inserir o seu e-mail. Depois poderá escolher com quantas fotografias vai contribuir, num processo que as empresas garantem ser anónimo.
Após esta fase cabe a uma equipa de médicos analisar todas as imagens recebidas, trabalho que irá ajudar a IA a analisar melhor aquilo que os profissionais de saúde conseguem ver. Como explica o site da campanha, características como a forma, a textura e consistência das fezes "podem revelar informações importantes sobre a saúde de cada indivíduo".
Em troca das fotografias enviadas a campanha oferece vários produtos de merchandising de edição limitada.
Ao The verge, David Hachuel, co-fundador da startup Auggi que está a construir a plataforma, garante que o objetivo é tornar a base de dados uma ferramenta de open source para investigadores académicos, mas enquanto isso, a esperança é dar a capacidade de os pacientes controlarem a sua própria saúde intestinal.
A IA tem vindo a ser aplicada em várias áreas da Medicina, nomeadamente a cardiologia e oncologia. Mas desta vez a sua aplicação no mundo real envolve um processo certamente mais caricato que os outros.
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