A Google Play Store introduziu novas regras para controlar aplicações e conteúdos dirigidos a crianças. A partir de agora, os criadores de jogos e apps terão de especificar a faixa etária a que estes se destinam, além de informar quando estiverem a ser recolhidos dados pessoais.

A Google definiu também que os jogos que vendem pacotes digitais contendo itens aleatórios (as chamadas “loot boxes”) passam a ser obrigados a revelar as probabilidades que o jogador terá de conseguir obter cada um desses artigos. Além disso, jogos que retratem uso excessivo de álcool ou promovam o uso de drogas não serão mais permitidos na plataforma.

Estas mudanças na política do Google surgem numa altura em que as autoridades consideram novas regulamentações para proteger as crianças de práticas comerciais predatórias em todas as plataformas digitais. De acordo com o Business Insider, senadores em Washington criticaram o uso de micro transações em videojogos, sugerindo que as loot boxes podem favorecer o vício do jogo quando vendidas a crianças. Nesse sentido, a Comissão Federal do Comércio vai realizar um workshop em agosto, com os membros da indústria de jogos, para discutir as loot boxes e outras micro transações do mesmo tipo.

Em dezembro de 2017 a Apple já tinha implementado medidas semelhantes. A empresa liderada por Tim Cook exigiu que todas as micro transações efetuadas em aplicações aprovadas pela App Store revelassem as respetivas odds e que as mesmas desencorajassem o uso de drogas e álcool, uma política a que se juntou agora a Google Play.