Para a maioria das pessoas esta pode ser uma realidade desconhecida, mas para muitas empresas é uma luta diária: trabalhar para que a posição nas páginas de resultados de pesquisas do Google seja a mais alta possível. A subida do fim da página para o meio, por exemplo, pode ter um impacto muito significativo na presença online de uma companhia.



E a Google parece estar disposta a “premiar” todas as páginas Web que usam encriptaçao de dados. Quem tiver encriptação terá uma posição melhor no motor de busca, quem não tiver vai sentir mais pressão da concorrência.



Apesar de ainda não ser um critério confirmado pela tecnológica de Mountain View, o The Wall Street Journal avança a informação tendo por base as declarações do engenheiro responsável pela deteção de spam no motor de pesquisas, Matt Cutts.



Uma outra fonte não identificada garante que a questão da encriptação no algoritmo de busca é um tema que já é debatido nos escritórios da Google, mas que o sistema não será implementado num futuro próximo.



Um porta-voz da empresa questionado pelo WSJ declarou que atualmente a empresa não tem nada a anunciar.



A Google usa cerca de 200 critérios para definir a posição das páginas Web no seu motor de busca, penalizando por exemplo os sites que são muito lentos a carregar ou que têm malware incorporado.



Caso a encriptação passe a ser um elemento de “desempate”, a Google estaria a promover uma Web mais segura – e onde os dados dos utilizadores estariam em maior segurança -, além de reforçar a imagem do próprio motor de busca relativamente à concorrência. Claro que a questão da privacidade é sempre relativa, sobretudo depois de se ter descoberto que cerca de 66% de todas as páginas Web protegidas pelo protocolo SSL estavam afinal desprotegidas.



Este seria um movimento de popularidade numa altura em que o escândalo de espionagem de Edward Snowden continua a ter um grande impacto a nível mediático e ao nível da discussão de temas relacionados com a Internet.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico