A Google planeia entrar no mercado dos eBooks já no próximo ano. Ao contrário da Amazon, deverá deixar que sejam as próprias editoras a fixar os preços a que os livros electrónicos serão vendidos ao público, não sendo também necessário um aparelho dedicado para leitura, ficando os eBooks acessíveis a partir de qualquer dispositivo com ligação à internet.

Segundo a informação avançada pelo New York Times, o representante da Google manifestou interesse em iniciar, até ao fim de 2009, um programa que permita às editoras comercializar versões digitais dos seus mais recentes livros.

Actualmente a empresa disponibiliza até 20 por cento dos conteúdos e propõe links para sites que fazem a venda das obras, como a Amazon e a Barnes e Noble. Agora a Google propõe-se comercializar directamente as versões digitais dos livros.

As conversas com os editores aconteceram durante BookExpo, que teve lugar este fim-de-semana em Nova Iorque. Tim Turvey, director de planeamento estratégico de parcerias da Google, terá afirmado que "desta vez é a sério", escreve a mesma fonte.

Os editores mostraram-se optimistas. O novo programa da Google deverá permitir aos consumidores visualizar os livros a partir de qualquer aparelho com ligação à internet, incluindo telemóveis, ao invés de ficarem limitados a dispositivos exclusivamente para leitura, como acontece com os eBooks da Amazon, só disponíveis para o Kindle, que é fabricado e comercializado pela própria empresa.

Quando se encontrarem offline, os leitores que optarem pelo serviço de livros electrónicos da Google poderão continuar a aceder aos seus eBooks através do cache do browser.

Os preços serão fixados pelos editores, e Tim Turvey anunciou ainda que, provavelmente, a sua empresa irá permitir que os editores cobrem pelos títulos digitais o mesmo que pelas edições impressas, reservando-se a Google o direito de ajustar os preços que considere exorbitantes.