A posição não é nova e foi reafirmada pelo presidente da empresa, Eric Schmidt, nos últimos dias num evento com a imprensa. "A indústria quer que sejamos nós a editar a Internet e literalmente a apagar sites mas isso vai contra a nossa filosofia", defendeu o responsável, como relata o Torrentfreak.



A pressão para uma ação mais proactiva da Google nesta matéria é antiga e é feita junto da empresa e das entidades públicas e judiciais. Há por exemplo várias declarações da associação que reúne a indústria, a RIAA, nesse sentido.



A Google reage enumerando as várias iniciativas que tem mantido nesta área e que têm contribuído para reduzir o acesso a sites com conteúdos digitais não legítimos. Retirar termos relacionados com pirataria do sistema de preenchimento automático e sugestão de termos de pesquisa é um dos exemplos.



Diminuir o posicionamento no ranking dos resultados dos sites mais "interpelados" por alegadas violações de DRM (Digital Rights Management) é outra regra que a empresa cumpre por auto-determinação.



As duas medidas são, na opinião de Eric Schmidt, exemplos claros de que sendo "um facto indiscutível a existência de sites piratas, a Google tem feito coisas para diminuir o número de pessoas que os utilizam", no entanto a empresa não se vê como um polícia da Internet. Esse papel deve estar do lado dos detentores dos direitos e dos operadores, sobre quem deve ser exercida essa pressão.



"A nossa posição é a de que se há alguém a fazer dinheiro com estes conteúdos piratas deve ser possível identificar essas pessoas e trazê-las à justiça", defende o responsável.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico