José Sócrates reafirmou que no próximo ano será dado início ao arranque das as redes de nova geração de Internet de banda larga em Portugal. O primeiro-ministro avança que até ao final deste ano o Governo reúne-se com os operadores de forma a definir a regulação para o sector, o que apanhou de surpresa o sector já que este tipo de acções é comandada pela Anacom.

De acordo com o responsável, ao ser estipulado o quadro regulatório será dado o pontapé de saída para que os operadores, no próximo ano, "possam fazer um investimento importante para a sociedade e para a economia", disse ontem na Mostra Portugal Tecnológico 2008.

O primeiro-ministro acredita que este é um sector importante para o desenvolvimento português, principalmente a nível financeiro em tempo de crise económica, e considera-o "essencial" do ponto de vista que permitirá " a todos os portugueses o acesso a Internet de Banda Larga de 100MB" dentro de poucos anos, sublinhou.

Mais uma vez, o discurso de Sócrates focou a educação ao afirmar que este é o caminho certo a seguir pois não basta "a estabilização do sistema financeiro e apoiar as empresas, mas também fazer investimento público […] em sectores determinantes, nas escolas", entre outros.

O Governo já tinha definido uma resolução para as redes de nova geração em Conselho de Ministros, definindo este sector como "prioridade estratégica para o país", por serem uma forma de garantir "o acesso a produtos e serviços tecnologicamente inovadores pela generalidade dos consumidores".

A meta era que, até 2010, um milhão de utilizadores tivessem acesso a redes de nova geração, garantindo a ligação de todas as escolas secundárias, hospitais públicos e centros de saúde até àquela data.

A resolução levantou algumas críticas, entre as quais da Apritel que, na voz do seu responsável, Luis Reis, explicou que os procedimentos a nível nacional têm fugido ao que se assiste no resto da Europa. O responsável classificou, ironicamente, de "inovador" o comportamento do Governo português nesta matéria, principalmente por se ter manifestado a meio da consulta pública lançada pela Anacom, aquando a emissão da resolução sobre as redes de nova geração.

Mais recentemente, também Mário Lino se pronuniciou acerca das metas a cumprir com as RNG. Durante o último Congresso da APDC, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações reforçou a ideia de que até 2010 todas as escolas secundárias, hospitais públicos e centros de saúde estarão ligados.

Nota de Redacção: A notícia foi actualizada com mais informações relativas ao enquadramento da RNGs em Portugal.