O Gmail, futuro serviço de correio electrónico do Google, está a ser acusado de violar as leis de protecção de dados e privacidade pela Privacy International, que já apresentou queixa junto da Comissão Europeia e de outras entidades reguladoras na Austrália, Canadá e em 15 países da Europa, nomeadamente Portugal.



A organização alega que o Gmail viola os direitos de privacidade, "na Europa, como em qualquer outra parte do mundo", referiu Simon Davies, responsável da Privacy International, em declarações à Reuters. "A queixa identifica uma série de possíveis infracções à lei da União Europeia", assegurou.



O serviço gratuito de correio electrónico do motor de busca mais popular do mundo foi anunciado no início do mês. A oferta, actualmente em fase de testes, inclui 1GB de capacidade de alojamento - bastante mais do que o oferecido pelas suas principais rivais Yahoo e Hotmail, que se ficam respectivamente pelos 4 e 2 MBytes.



No entanto, o Google tenciona suportar financeiramente o serviço integrando anúncios direccionados dentro das mensagens. Para tal pretende analisar os conteúdos dos emails de modo a definir os interesses dos utilizadores, oferecendo aos anunciantes alvos mais específicos.



Um outro aspecto que tem gerado controvérsia diz respeito à possibilidade de retenção do conteúdo das mensagens de correio electrónico nos servidores do Google, mesmo depois de estas terem sido apagadas pelos utilizadores e até destes terem desistido da sua assinatura da conta de email.



O Google alega que o seu futuro Gmail respeita as leis mundiais da protecção de dados e privacidade, mas indicou, numa mensagem de email dirigida à Reuters que está disposto a introduzir algumas alterações ao serviço devido à controvérsia gerada.



De acordo com a lei europeia, os dados só deverão ser guardados o tempo necessário, quando a observação dos conteúdos da mensagem só é permitida mediante condições restritas. Mas, uma fonte citada pela Reuters refere que na UE um serviço Internet que explique claramente como irá tratar os dados dos seus utilizadores está dentro da legalidade. "Desde que o Google seja claro e transparente (...) e que exista o consentimento dos utilizadores, a directiva europeia das comunicações electrónicas e privacidade será respeitada", assegurou.



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