Força de Ação Conjunta contra o Cibercrime – é esta a nova entidade que promete dar luta às maiores ameaças online e aos piratas informáticos de alto perfil. O grupo conta com representantes de algumas das mais importantes economias do mundo, mas os russos continuam de fora.



Os 18 indivíduos que vão compor o J-CAT são especialistas no combate ao cibercrime e atuavam até aqui nas forças especializadas de combate à pirataria informática dos respetivos países. O J-CAT conta com membros dos EUA, Canadá, Espanha, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Holanda.



Este grupo vai ser liderado pelo britânico que até aqui chefiava a unidade nacional de cibercrime do Reino Unido, Andy Archibald. Toda a atividade do J-CAT vai estar concentrada no Centro Europeu de Cibercrime (EC3 na sigla em inglês), que fica situado na Europol.



Os diferentes membros do grupo vão reunir entretanto informação sobre os casos que consideram como prioritários, dados que serão cruzados e avaliados pela direção do J-CAT que depois decidirá quais as missões a serem executadas.



Entre os objetos de investigação vão estar as grandes redes de malware que estão espalhadas um pouco por todo o mundo, mas também serão alvos os piratas informáticos de alto perfil.



Em declarações ao The Guardian, o líder do EC3, Troels Oerting, disse que um dos objetivos é aumentar o número de detenções relacionadas com o cibercrime e revela que já está definido um bom número de casos.



“Ao termos membros de vários estados connosco com acesso à maioria das suas informações de inteligência e com acesso na ponta dos dedos, vamos ser capazes de prioritizar com maior antecedência. Eles vão ser capazes de tomar uma decisão imediata para começar uma investigação”, explicou o responsável.



Numa outra entrevista ao The Guardian, Troels Oerting já tinha lamentado o facto de países como a Rússia continuarem a manter-se fora destas ações conjuntas. Um facto que também é lamentado por um especialistas irlandês de cibersegurança que lembra que uma boa parte dos esquemas maliciosos tem origem na Europa de Leste.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico