Eram cinco e agora são seis. Pedro Pacheco é o mais recente trabalhador português do Spotify, serviço de música por streaming que marca presença em dezenas de mercados e rivaliza com grandes nomes da indústria tecnológica.

O interesse pela música e o facto de ter seguido o Spotify desde o seu lançamento em 2008 fizeram com que Pedro Pacheco tivesse a empresa sempre debaixo de olho. Com a chegada do Spotify a Portugal ficou a saber que o projeto sueco estava à procura de engenheiros e decidiu tentar a sua sorte.

Uma carta de motivação acompanhada pelo currículo, duas entrevistas pelo
Skype e uma presencial em Estocolmo foram os passos necessários para que o engenheiro de software português pudesse integrar a força de trabalho do Spotify.

Pedro Pacheco faz parte da equipa que tem a seu cargo a gestão de conteúdos musicais que estão disponíveis para os utilizadores. A Content Squad, como é conhecida, recebe os dados das editoras de música e fica responsável pela distribuição dos mesmos pelos data centers para que a experiência de utilização final seja a melhor possível. Pelo meio existem processos de qualidade que precisam de ser garantidos.

[caption]Pedro Pacheco[/caption]

Há pouco mais de um mês no Spotify, o jovem português ainda não tem objetivos definidos dentro da empresa. Nesta fase inicial quer acima de tudo absorver a cultura de trabalho.. que é diferente daquela que existe na maior parte das empresas em Portugal.

"Temos bastantes snacks gratuitos, assim como uma PlayStation, ténis de mesa, matraquilhos, mesa de bilhar e eventos sociais dentro da empresa. O ambiente é bastante descontraído e no trabalho em si temos bastante liberdade e autonomia. Sinto que estou rodeado de pessoas extremamente competentes", revela Pedro Pacheco ao TeK.

O engenheiro de software revelou também que o Spotify é conhecido por "investir bastante na qualidade dos recursos que contrata". E o resultado final é um serviço que "veio simplificar bastante o consumo de música".

Sem apontar um rival direto do Spotify, o projeto sueco quer "preocupar-se com o próprio desempenho" e "conquistar espaço na indústria da música". A empresa nórdica tem dado alguns passos neste sentido, como a parceria que fez com fabricantes de sistemas de som e a disseminação de botões sociais para seguir perfis do serviço, tal como o TeK tem relatado.

Além de Pedro Pacheco existem mais cinco portugueses a trabalhar na empresa de streaming: três em Estocolmo, um em Gotemburgo e outro em Nova Iorque.

A próxima vez que utilizar o Spotify já sabe, há algures um português que está a contribuir para esse momento, esteja o ouvinte em Portugal, na Malásia, na Islândia, no México ou em Hong Kong.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico