Um juiz norte-americano condenou ontem o hacker Joshua Schichtel a 30 meses de prisão, declarando-o culpado da venda de acessos a botnets a clientes que pretendiam infetar computadores pessoais com vários tipos de programas maliciosos.

A Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos EUA referiu que a ação de Schichtel terá provocado danos em, pelo menos, 72 mil computadores, embora não tenha conseguido identificar o número total de clientes que recorreram aos seus serviços. O caso remonta a 2009, quando o FBI detetou a ação do condenado.

Num comunicado difundido ontem, o Departamento de Justiça norte-americano descreve que o modus operandi do arguido contrastava com o da maioria dos hackers: em vez de infetar diretamente computadores para seu benefício direto, criava e comercializava botnets para clientes que não possuíssem conhecimentos suficientes para criar o seu próprio malware.

A designação de botnets aplica-se geralmente a redes de computadores que foram infetados com malware, permitindo o seu controlo não autorizado.

"Os indivíduos que quisessem infetar computadores com diferentes tipos de software malicioso contratariam Schichtel e pagariam para os instalar, ou instalariam eles próprios, o malware nos computadores já infetados" refere o comunicado.

A sentença prevê ainda três anos de liberdade condicional a Schichtel, após o cumprimento dos 30 meses de prisão.

Joshua Schichtel teria já antecedentes ligados à prática de crimes informáticos. Segundo o site Cnet, em 2004 chegou a ser acusado de "usar milhares de computadores infetados para lançar ataques do tipo DDoS (Distributed Denial of Service) contra sites de comércio eletrónico", embora as acusações tenham sido retiradas por as autoridades não conseguirem deduzir uma acusação dentro do prazo.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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