O ataque do ransomware WannaCry afetou mais de 200.000 computadores em todo o mundo, resultando no pânico geral e em hackers a tirar proveito da situação quase de forma instantânea, revela o relatório da Kaspersky Lab, “Spam e phishing no 2º Trimestre de 2017”

Entre abril e junho, os investigadores da empresa de segurança informática dizem ter detetado um grande número de mensagens de oferta de serviços como proteção contra ataques WannaCry, recuperação de dados e também workshops institucionais e cursos para utilizadores.

Além disso, os hackers terão implementado um esquema tradicional de ofertas fraudulentas para instalar atualizações de software em computadores infetados. No entanto, os links direcionavam os utilizadores para páginas de phishing, onde as informações pessoais das vítimas seriam roubadas.

Uma das principais tendências do último trimestre foi o número de mailings direcionados para redes corporativas. De acordo com a análise da Kaspersky Lab, estes aumentaram desde o início do ano.

Os hackers começaram por camuflar mailings maliciosos como conversas corporativas ao utilizar as identificações de serviços corporativos, incluindo assinaturas, logos e informações bancárias reais. Nos ficheiros anexados ás mensagens, enviaram arquivos de exploração com o objetivo de obter as palavras-passe de emails, FTP, entre outras. Os especialistas da Kaspersky Lab destacaram que a maior parte dos ataques ao sector corporativo tem objetivos financeiros.

Darya Gudkova, especialista em análise de spam na Kaspersky Lab, destaca o aumento na tendência de ataques de spam e phishing durante o trimestre. “A utilização do WannaCry em mailings demonstra que os hackers são bastante atentos e reativos a eventos globais”, refere numa nota enviada à imprensa. Além disso, também o foco dos hackers no sector B2B foi evidente, tendo em conta a sua lucratividade. “Acreditamos que esta tendência vai continuar a crescer, e a quantidade de ataques corporativos, assim como a sua variedade, irá também aumentar”.