A Garmin foi vítima de um ataque com o ransomware WastedLocker que comprometeu a sua rede interna e os seus sistemas de produção. Na semana passada, a conhecida fabricante de smartwatches viu-se obrigada a interromper as suas operações a nível internacional. Ao que tudo indica, os atacantes estão a exigir um resgate de 10 milhões de dólares pelas informações capturadas.
A fabricante explicou através do seu website e da sua conta no Twitter que os serviços Garmin Connect e Garmin Pilot foram afetados. Além disso, devido ao ataque, a empresa está impedida de prestar serviços de apoio ao cliente, seja através dos call centers ou através de correio eletrónico. O ataque afetou ainda os serviços de base de dados de aviação flyGarmin e, ao website ZDNet, vários pilotos indicaram que não conseguiram atualizar o software.
De acordo com fontes internas a que o website BleepingComputer teve acesso, o departamento informático da Garmin tentou encerrar todos os computadores da rede à medida que os equipamentos começavam a ser encriptados pelo ransomware, incluindo aqueles que estavam ligados à VPN da empresa.
Uma vez que a manobra não conseguiu ser executada com sucesso, a empresa pediu aos funcionários para encerrarem todos os computadores da rede a que tivessem acesso. Para evitar a perda de mais informações, todos os equipamentos que fazem parte do data center da Garmin foram desligados.
Depois de uma investigação mais profunda, o website encontrou uma amostra do ransomware usado no ataque à Garmin e conseguiu gerar a nota de resgate deixada pelos cibercriminosos, assim como os ficheiros que foram encriptados.
Por trás do ataque que terá começado na sede da empresa em Taiwan poderá estar o grupo Evil Corp, também conhecido como Dridex, que está ativo desde 2007. Os cibercriminosos russos que estão na “mira” do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, têm vindo a usar o ransomware WastedLocker para atacar múltiplas empresas norte-americanas e pedir resgates na ordem dos milhões de dólares.
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