A Internet Corporation
for Assigned Names and Numbers
(ICANN) fez recentemente passar as novas alterações ao seu regulamento, aprovando o fim das eleições directas de organizações não lucrativas para o seu conselho de direcção. Perante o novo sistema, a direcção do organismo passa a ser escolhida por um comité, assim como por um número de organizações afiliadas, representativas dos grupos detentores de endereços Internet, chamados registries. As mudanças passarão a ter efeito na conferência do ICANN, em Amsterdão, marcada para o próximo mês.



As alterações agora aprovadas fazem parte de uma reforma organizacional concebida com o objectivo de melhorar a eficiência da Corporation for Assigned Names and Numbers, de acordo com o seu director executivo Stuart Lynn.



O ICANN tem actualmente 18 membros no conselho de administração, cinco dos quais eram eleitos através de uma votação pelos internautas. Mas a corporação afirmava que este método a inibia, envolvendo-a em debates que a distraiam da sua tarefa principal de administrar os nomes de domínio dos sites da Web.



Contudo, o novo esquema está longe de satisfazer os mais críticos que acusam o ICANN de assim afastar os seus participantes dos interesses dos 550 milhões de utilizadores Internet.



As vozes críticas alegam igualmente que as novas alterações não respondem à questão de como o ICANN deverá lidar com os registries que controlam os sufixos nacionais, como o ".uk" no Reino Unido, o ".au" na Austrália ou o ".pt" em Portugal.



A votação de Xangai, na China, aconteceu apenas seis semanas após o governo norte-americano alargar novamente o tempo acordado para a administração de registo de nomes de domínio ao ICANN.



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