A informação médica dizia respeito a cerca de 270 professores candidatos a mudar de escola por motivos de saúde e esteve visível para os colegas de profissão que acediam ao formulário electrónico da DGAE, a plataforma usada no relacionamento com o Ministério da Educação e Ciência, avança o Público.

O Ministério da Educação e Ciência acabou por confirmar ao jornal, através do gabinete de imprensa, que "a informação esteve, de facto, disponível por alguns minutos, devido a um erro informático" que, sublinha, "foi rapidamente detectado e corrigido".

João Paulo Silva, dirigente do Sindicato dos Professores do Norte, descreve a situação como "inqualificável". "Casos deste género em concursos de professores são recorrentes, mas desta vez foram ultrapassados todos os limites. Não estamos a falar do número do BI, mas de dados sobre o estado de saúde de pessoas que já estão muito fragilizadas", frisou.

O erro permitia aceder ao nome do docente, ao tipo de doença e ao número da cédula do respectivo médico.

"Uma falta de segurança recorrente no Ministério da Educação e Ciência e, desta vez, especialmente grave", considerou a porta-voz da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), Clara Guerra.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico