Investigadores da Universidade de Leuven, na Bélgica, e da Universidade de Princeton, nos EUA, confirmaram e apuraram os níveis de utilização de uma nova ferramenta de rastreamento de utilizadores na Internet, sem o consentimento dos mesmos. Os leitores podem interpretar este mecanismo como uma versão mais avançada dos cookies e do qual é mais difícil escapar.



De acordo com os dados revelados, 5,5% dos cem mil sites mais populares da Internet usam esta ferramenta de controlo chamada de canvas fingerprint.



Como funciona? Através de scripts – comandos que são dados aos navegadores de Internet para a interpretação das páginas Web -, o browser vai criar uma imagem invisível associada a cada utilizador - e esta imagem é uma porta para a passagem de informação. Assim quem aceder à página oficial da Casa Branca, um dos sites que usa a tecnologia, está a revelar, sem saber, qual o browser, qual o monitor que está a usar e qual o tipo de placa gráfica que o computador tem.



Explicam os investigadores belgas que como estas informações acabam por ser singulares na sua combinação, é possível associar um determinado utilizador aos seus hábitos de navegação.



O mecanismo de rastreamento foi associado pelos académicos aos botões de partilha que são fornecidos pela empresa AddThis – botões como o Gosto do Facebook, como o tweet do Twitter ou como o +1 do Google+. A AddThis é uma das maiores empresas de plug-ins sociais para páginas Web, disponibilizando também botões para seguir páginas e sistemas de recomendação de conteúdos.



Os investigadores dizem que o Tor é o único browser que é à prova do canvas fingerprint. E o mecanismo usado pela AddThis é apenas um dos muitos sistemas idênticos que os cientistas acreditam estar a ser usados.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico