Um estudo realizado pela Vector 21 para a Unicre confirma o papel relevante que a Internet está a assumir no negócio do Turismo. Segundo os dados recolhidos num inquérito realizado junto de uma amostra de clientes de hotéis de Lisboa, Porto e Algarve, cerca de 78,6 por cento dos clientes afirmam ser utilizadores de Internet, enquanto mais de 50 por cento admite ter tomado conhecimento daquele hotel através da Web e 44,8 por cento dos mesmos fizeram a sua reserva online.

"Há muito que a Internet deixou de ser um mero instrumento de promoção e divulgação com potencial. Hoje, é já, no essencial, uma ferramenta de vendas absolutamente indispensável", refere o documento divulgado pela Unicre.



Ainda no âmbito do inquérito foi apurado que 72 por cento dos clientes realiza pesquisas nos portais turísticos, seguido dos motores de busca genéricos (com 57 por cento de utilizadores). Quase 60 por cento dos inquiridos declararam que quando realizam a pesquisa valorizam as informações sobre preçários, seguido dos detalhes das instalações e da informação sobre a região.

O estudo Unicre/Vector 21 realizou ainda uma análise aos sites portugueses com ofertas de alojamento, mostrando que apenas 26,7 por cento são bilingue, um aspecto a ser revisto tendo em conta que mais de 85 por cento dos clientes inquiridos eram estrangeiros e que a sua taxa de busca online foi superior a 88,5 por cento.

De acordo com o documento, os Directores de hotéis ouvidos no âmbito do estudo consideram que a Internet alterou a gestão hoteleira, sublinhando a necessidade de responder à intensificação das reservas online obriga a uma reorganização dos recursos humanos. Estes responsáveis destacaram ainda a necessidade de rever os modelos de pricing na hotelaria, notando que o empresário tem de estar consciente de que há uma maior iniciativa de comparação de preços por parte dos clientes.


Quanto ao futuro das tradicionais agências de viagens, a conclusão é de que estas não tendem a desaparecer. Na verdade, "independentemente de a frente que aparece ao cliente ser um site, um telemóvel ou um consultor de viagens" as agências continuarão a ter o seu próprio espaço, diz um inquirido.

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