A Internet e o Wikileaks estão oficialmente na corrida ao Prémio Nobel da Paz, tendo sido incluídos na lista de nomeados, divulgada esta semana.

Depois de os "pais da Internet" serem chamados à competição o ano passado, é agora a vez da plataforma, que tem servido de meio de comunicação e organização para as revoltas que estão a agitar o mundo árabe e a levar ao derrube de regimes políticos, ser tomada em consideração em nome próprio.

Especialistas ouvidos pela agência Reuters afirmam que a Internet e as redes sociais como o Facebook e o Twitter, usados na organização dos protestes, poderiam ser os premiados.

Ainda assim, Geir Lundestad, um membro do comité do Nobel que não participa na votação, preferiu não comentar se as revoltas populares no Norte de África e no Médio Oriente poderiam influenciar a decisão do júri.

O mediático site Wikileaks, que tem criado incómodos a vários governos mundiais com a divulgação de informação classificada e cujo fundador Julian Assange enfrenta agora um processo por crimes sexuais que alega não ter cometido, é outro dos incluídos na lista oficial de 241 candidatos ao Prémio Nobel da Paz para 2011.

O grupo continua a crescer, superando este ano as 237 nomeações recorde do ano passado, numa selecção que inclui 53 organizações (entre elas a U E) e personalidade como a activista pelos direitos humanos afegã Sima Samar, o ex-chanceler alemão Helmut Kohl ou o dissidente cubano Oswaldo Paya, bem como o grupo russo de defesa dos direitos humanos Memorial e a sua fundadora Svetlana Gannushkina.

O vencedor será conhecido em Outubro e recebe 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1,11 milhões de euros).

Nota de Redacção: A notícia foi corrigida na conversão do valor para euros.

Foi feita nova correcção.