Foi agora publicado o terceiro caderno do estudo "O Observador Cetelem" onde são analisados os comportamentos dos portugueses enquanto utilizadores da Internet. Através dos dados recolhidos pela empresa de crédito ao consumo, é possível verificar quais as tendências do utilizador nacional quanto à frequência de acessos, métodos de pesquisa, perfil do comprador online, processos de compra, entre outras.



A análise mostra que a maior taxa de utilização da Internet se concentra na região de Lisboa e Vale do Tejo (40,9 por cento). Por outro lado, quanto à frequência de utilização a zona centro é a que assume maior destaque já que 88,6 por cento dos inquiridos assumem aceder à rede "todos os dias" ou entre "duas a três vezes por semana". O Alentejo foi a região que se destacou pelo número de respostas inversas: 25 por cento dos utilizadores a afirmarem que acedem uma vez, ou "menos", à rede por mês.



Os números recolhidos mostram que o acesso à Internet é feito essencialmente a partir de casa. Para os utilizadores que utilizam a rede com menos frequência, o local de trabalho é o local preferencial para o fazer. As classes sociais mais elevadas são as que mais acedem à Internet, diz o Cetelem.



A grande maioria dos utilizadores afirma que acede à Internet para satisfazer interesses pessoais, como enviar emails (71,24 por cento), procurar informações sobre temas do seu interesse (69,53 por cento), pesquisar informações sobre produtos que pretende adquirir (43,35), entre outros.



A aquisição de bens e serviços online é um dos pontos de destaque do estudo do Cetelem, que considera que em Portugal "navegamos muito e compramos pouco". Neste segmento, a instituição de crédito afirma que a taxa de penetração da compra online é de 6,4 por cento.



No entanto, 89,34 por cento dos portugueses assumem-se como "não compradores" afirmando que "de certeza ou provavelmente não virão a realizar compras online nos próximos 12 meses". Esta resposta foi mais comum entre os indivíduos de classes social mais baixa e com mais de 55 anos.



Cerca de 62 por cento dos indivíduos mais receptivos ao comércio electrónico apontam a comodidade e a simplicidade do processo de compra como os principais benefícios deste tipo de aquisição. Por outro lado, a necessidade de ter contacto directo com o produto é a principal barreira para aqueles que não ponderam a possibilidade de efectuar compras a partir da Internet.



Quanto à forma de pagamento utilizado no processo de compra, 25,4 por cento dos inquiridos admite utilizar o cartão de crédito. A transferência bancária e o pagamento à cobrança ocupam o segundo e terceiro lugar da tabela, com 24,6 e 21,8 por cento dos utilizadores a darem preferência a estas opções.



Pedidos de crédito através da Internet



O Cetelem averiguou ainda a taxa de penetração da subscrição de crédito ao consumo online abrange 0,5 por cento da amostra. Neste segmento, os dados mostram que na base total do estudo com over-quota, foram entrevistados 12,2 por cento de indivíduos que já realizaram a subscrição de um crédito ao consumo através da Internet.



De acordo com a análise, este tipo de subscrição de crédito é mais comum entre os utilizadores das regiões Centro (20,9 por cento) e Norte (15,3 por cento), face à região de Lisboa e Vale do Tejo (1,4 por cento) e junto dos que não ponderam vir a ser subscritores (85 por cento).



Por outro lado, uma das conclusões do Cetelem é que, entre os utilizadores que ainda não aderiram a este tipo de serviços, 3,2 por cento afirma que está a considerar fazê-lo nos próximos 12 meses. Esta resposta foi mais comum entre os inquiridos da região Norte e do Alentejo.



Os inquiridos que já subscreveram ou tencionam subscrever crédito ao consumo apontam a facilidade de utilização (50 por cento) a rapidez que a Internet oferece em termos de subscrição deste tipo de serviço (38,5 por cento) como os aspectos mais vantajosos deste meio face a canais como o Balcão ou telefone.



Por fim, os Bancos Millennium BCP (21,5 por cento) e Cetelem (19,2 por cento) foram os mais referidos pelos inquiridos como canais de subscrição ou de potencial subscrição, diz o relatório enviado à imprensa.

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