Mais de metade dos inquiridos num estudo da Deco Proteste publicado este mês, já recorrem aos serviços de banca online para consultar saldos e movimentos, fazer transferências, carregar o saldo do telemóvel ou pagar impostos. Os serviços são também muito usados para subscrever produtos de poupança, por exemplo.

A análise (incluída no "Dossiê Serviços Bancários na Net"), que compila dados recolhidos em mais três países da Europa, mostra que, ainda assim, os 54 por cento de portugueses que usam a plataforma online ficam aquém dos 63 por cento de Itália, 69 por cento na Bélgica ou 73 por cento em Espanha.

Como Portugal, é também o país com menor taxa de utilização do balcão físico, os autores do estudo arriscam explicações como a utilização mais intensiva do Multibanco.

Para operações como consulta de saldo ou movimentos de contas à ordem, quase 80 por cento optam pelo Multibanco e 53 por cento pela Internet. A diferença aparece mais esbatida por exemplo nas transferências nacionais, onde 58 por cento recorre às caixas ATM e 49 por cento à banca online.

A maior comodidade e rapidez e os custos mais baixos são as principais razões apontadas pelos utilizadores que trocaram o balcão pelo site do banco, segundo a associação de defesa do consumidor.

Entre as várias instituições bancárias a operar em território nacional, o Banco Big e o ActivoBank são aqueles que registaram clientes mais satisfeitos com os serviços que prestam através da Internet. Banco Popular, Finibanco e BPN são os que reúnem piores pontuações.

Na análise por géneros, mostraram ser os homens quem mais recorre à Internet para realizar operações bancárias, num universo que se apresentou composto por 61 por cento de utilizadores masculinos e 49 por cento de utilizadores femininos. A mesma tendência foi registada no estrangeiro.

Também no que respeita à idade foram identificados diferentes padrões de utilização, com 64 por cento dos entrevistados com idades entre os 18 e os 34 anos a usarem a plataforma online e a percentagem a diminuir nas faixas etárias entre os 35 e os 54 anos (56%) e os 55-64 anos (36%). A situação financeira e o grau de escolaridade são outros dos factores com influência no recurso a este tipo de soluções.