A Microsoft tenciona revelar a outras empresas as regras pelos quais se guia em questões de privacidade, por forma a que estas adaptem as mesmas linhas orientadoras protegendo as informações pessoais dos utilizadores



O documento será publicado na Internet na próxima quinta-feira e, de acordo com a Associated Press (AP), explicará o porquê das empresas recolherem informações de identificação pessoal, tais como, endereços de email ou números de telefone.



Entre outros pontos abordados no documento são recomendadas práticas internas que podem ajudar a preservar informações importantes, como o número de cartões de crédito, ou outros, que poderão causar danos nos utilizadores, caso caíam em mãos erradas. É ainda destacada a necessidade das empresas apagarem as informações pessoais dos utilizadores assim que deixam de ter utilidade.



A Microsoft quer trabalhar com outras empresas para que sejam estabelecidas mais e melhores linhas de orientação neste segmento, embora ainda não exista qualquer previsão quanto ao tempo que demorará até a acção estar concluída.



A exposição a que os utilizadores se submetem através de serviços de comunicações, fotografias digitais, documentos pessoais e outras informações, tem levantado preocupações acerca de como as informações das pessoas podem ser utilizadas por terceiros.



A AP refere que existem especialistas encaram esta manobra da Microsoft como um reflexo do que aconteceu há cinco anos relativamente ao Hailstorm, um programa que armazenava toda o tipo de informações pessoais dos utilizadores depois de um logon, para que os utilizadores pudessem aceder mais facilmente a contas e produtos online. O produto chama-se actualmente Passport e perdeu muitas das suas funcionalidades porque muitas das pessoas não quiseram disponibilizar toda a sua informação a uma empresa.



Peter Cullen, membro da Microsoft, acredita que este produto foi um exemplo que demonstra como é importante dar aos utilizadores o controlo da sua própria informação.

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