Microsoft recompensa autores das pistas que conduziram à condenação do criador do Sasser

8 jul 2005 16:59

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Foi conhecida hoje a sentença que condena a 21 meses de pena suspensa o autor do Sasser. No mesmo dia a Microsoft anuncia que vai pagar os 250 mil dólares de recompensa aos dois indivíduos que forneceram as pistas necessárias para a condenação.

Terminou o julgamento do jovem responsável pelo desenvolvimento dos vírus Sasser, considerado culpado pela justiça alemã e condenado a um ano e nove meses de pena suspensa e 30 horas de trabalho comunitário.

A sentença foi pronunciada após quatro dias de julgamento e teve em conta que à data dos factos o arguido era menor (tinha 17 anos) e que este foi o seu primeiro caso com a justiça, o que acabou por lhe valer a liberdade condicional.

O dia em que o processo terminou fica marcado pela comunicação da Microsoft, que vai pagar a recompensa devida aos dois delatores do craker, que forneceram pistas sobre o autor do vírus, suficientes para o colocar em prisão preventiva poucos dias depois do worm começar a circular na Internet.

Quando o Sasser foi lançado a empresa de Bill Gates incluiu-o no Anti-virus Reward Program, que prevê a atribuição de uma recompensa de 250 mil euros a quem fornecer pistas que conduzam à identificação e detenção dos autores de determinados vírus designados pela empresa, em função da sua perigosidade.

O programa existe desde Novembro de 2003, sem grande sucesso, mas neste caso surtiu efeitos num período de tempo relativamente reduzido. Da mesma lista fazem ainda parte worms como o Sobig, do MSBlast.A e MyDoom.B, cujos autores permanecem por identificar.

O Sasser foi detectado pela primeira vez em Maio do ano passado, teve pelo menos seis variantes, e continua a ser considerado um dos vírus mais poderosos na sua capacidade e rapidez de difusão. Este worm propagava-se via email e explorava uma vulnerabilidade no serviço de segurança LSASS do sistema operativo da Microsoft.

Sven Jaschan foi considerado culpado de quarto acusações de manipulação de dados, três de sabotagem e também pela interferência com serviço públicos, crimes que o jovem confessou.

À data da detenção, em Maio do ano passado, Jaschan confessou ser também autor do Netsky, um worm também com elevada capacidade de propagação que já conheceu mais de 20 variantes.