O ministro da Justiça foi esta manhã ouvido no Parlamento sobre as dificuldades cada vez mais apontadas ao sistema informático que suporta os organismos na sua tutela. A audição a Alberto Costa foi requisitada pelo PSD e vem na sequência da divulgação de documentos oficiais que dão conta das limitações do sistema, cada vez mais evidentes com o crescente número de serviços informatizados.



Ainda em Março, o semanário Sol publicou um parecer do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores presidido por José Tribolet, que assinava o relatório, onde se dava conta que "nenhum dos actuais sistemas informáticos disponíveis na Justiça se adequa minimamente às exigências actuais de funcionamento".



A mesma publicação tinha no mês anterior publicado dados de um outro relatório onde o então presidente do Instituto das Tecnologias de Informação de Justiça (ITIJ), Mário Valente, alertava para a possibilidade de "ruptura durante o primeiro trimestre de 2008" dos servidores do ministério. O documento também tinha em conta a crescente utilização do sistema para dar suporte a todo um conjunto de novos serviços online, como relembra a edição de hoje do Público.



Contactado pelo diário, o ministério não negou os problemas mas frisou que "no sector dos registos já foram emitidas mais de 572 mil certidões permanentes através da Internet, efectuadas mais de 852 mil publicações online de actos da vida das empresas e enviadas mais de 405 mil informações empresariais simplificadas, por via electrónica, em 2007". Na mesma resposta admite que "esta disponibilização de novos serviços on-line e a utilização crescente dos sistemas provoca, por vezes, a necessidade da sua reformulação e redimensionamento", escreve ainda o Público.



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