O MIT (Massachusetts Institute of Technology) desmantelou na passada sexta feira um serviço criado por dois alunos seus que permitia o acesso dos seus companheiros de universidade a uma enorme fonoteca, alegadamente sem quaisquer problemas relacionados com direitos de autor, noticiou a Associated Press.

Library Access to Music (LAMP) era o nome do referido serviço que arrancou na passada segunda-feira e que fornecia música a dormitórios do MIT através da rede de televisão por cabo da universidade. Com esta forma de distribuição - oposta àquela feita pela Internet - este sistema evita fazer uma cópia exacta da música e, por esse facto, era esperado que enfrentasse menos problemas legais que aqueles de partilha de ficheiros de MP3.

Para o efeito Keith Winstein e Josh Mandel - os referidos estudantes - afirmam que negociaram com a Harry Fox Agency - braço negocial para licenciamentos da National Music Publishers Association - de forma a garantirem o licenciamento de uma empresa de nome Loudeye para vender à escola milhares de ficheiros MP3 para o sistema.

No entanto, ainda na semana passada, nas vésperas de este sistema arrancar, o mesmo começou a estar envolto em polémica quando a Harry Fox Agency declarou que a referida licença não estava legal enquanto a Loudeye dizia que sim.

Para evitar problemas, o MIT optou por encerrar temporariamente o serviço até que toda a situação esteja clarificada. Em comunicado oficial a entidade alega que a Loudeye lhe assegurou que as editoras discográficas a tinham autorizado a vender a sua música. No entanto, continua o mesmo, após o lançamento do serviço "a Loudeye informou-nos que algumas das suas garantias podiam não ser fiáveis". Por esta razão o MTI informou que, a partir de agora, vai negociar directamente com as editoras e resolver toda a situação.

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