E se o touchpad do seu computador portátil fosse feito de “papel eletrónico”? A E Ink quer tornar a ideia uma realidade. A empresa está a desenvolver uma nova solução que combina ePaper com tecnologias da Intel para transformar o painel tátil dos portáteis num espaço dedicado a funcionalidades com Inteligência Artificial.

Segundo a E Ink, o objetivo passa por criar uma “interface homem/máquina” mais visual e inteligente para “melhorar a experiência do utilizador e adicionar uma nova dimensão de funcionalidades aos PC com IA que usam tecnologia da Intel”.

E Ink | Solução de ePaper para touchpads
E Ink | Solução de ePaper para touchpads créditos: E Ink

Em comunicado, a empresa afirma que as principais vantagens da tecnologia de ePaper, como legibilidade semelhante à do papel, consumo de energia reduzido e maior visibilidade sob luz solar, a tornam “ideal para ecrãs secundários em computadores”.

Além de manter as capacidades de navegação, o touchpad é capaz de executar aplicações de IA em tempo real, mesmo quando o computador está desligado. Entre elas incluem-se, por exemplo, soluções de IA generativa para criação de texto ou imagem.

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A E Ink detalha que, uma vez que o ePaper só consome energia quando o conteúdo apresentado é atualizado, a implementação da tecnologia contribui para a redução do consumo energético do sistema.

Para já, as especificações da solução são um mistério. Além disso, a marca ainda não avançou com mais detalhes sobre quando poderá chegar ao mercado e quanto custará. 

Recorde-se que a E Ink é também conhecida como a criadora da tecnologia de tinta eletrónica que deu origem aos primeiros e-readers, incluindo o Kindle da Amazon. Os criadores da empresa, uma equipa de investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), apresentaram a tecnologia em 1996.

Clique nas imagens para ver alguns equipamentos que usam a tecnologia E Ink

Atualmente, a maioria dos equipamentos que simulam o papel usam tecnologia da E Ink, mas há fabricantes que já desenvolveram tecnologias semelhantes. Exemplo disso é a TCL, com os seus tablets e smartphones NXTPAPER, que também se destacam pela possibilidade de comutar entre um ecrã convencional a cores e um display com aspecto de papel.