A unidade portuguesa do MySpace irá continuar a desenvolver iniciativas locais, não estando prevista qualquer alteração em termos de redução de equipa ou outras, pelo menos até à data.

A garantia foi dada ao TeK pela agência de comunicação da rede social em Portugal, em resposta ao anúncio do despedimento de perto de metade dos trabalhadores e da iminente reestruturação do negócio, que poderá passar nomeadamente pela venda.

Criado em 2003 por Chris DeWolfe e Tom Anderson, o MySpace esteve em ascensão até 2007, altura em que atingiu os 70 milhões de utilizadores. O seu sucesso acabou por cativar o interesse do barão dos media Rupert Murdoch - que detém, entre outros títulos, o The Times e o The Sun, bem como a estação Fox -, que comprou o site por 585 milhões de dólares em 2005.

Contudo, a rede social, que já foi a mais popular do mundo, perdeu utilizadores, publicidade e, em consequência dinheiro. Apesar de ter passado recentemente por um processo de reformulação, apresentando uma nova versão mais voltada para a música e para o entretenimento, o MySpace perdeu 22 milhões de euros em 2009 e 74 milhões em 2010.

No início desta semana a empresa confirmou o despedimento de 47 por cento dos seus colaboradores - cerca de 500 pessoas - e está a avaliar opções estratégicas para salvar o projecto, que poderão passar, inclusive, pela venda total ou por partes do mesmo.

Face a todos os rumores, de momento está apenas confirmada a incerteza quanto ao futuro da rede social. "O resto é estratégia", garante a agência de comunicação em Portugal. "Apesar do número de utilizadores ter diminuído, o MySpace ainda é uma referência. Desaparecer não é uma possibilidade. A sua existência continua a fazer todo o sentido".