O MySpace removeu da sua lista de utilizadores 29 mil perfis pertencentes a abusadores sexuais registados. O número é quatro vezes superior ao que a companhia assumia ter identificado e removido há dois meses atrás.



A rede social da News Corp começou a colaborar com as autoridades em Maio partilhando informação sobre os utilizadores do serviço suspeitos de actividades ligadas à pedofilia, uma medida que responde à solicitação das autoridades americanas interessadas em apertar o controlo a este tipo de site. Foi precisamente no início desta colaboração mais próxima com as autoridades que a rede anunciou ter usado uma base de dados que ajudou a criar para eliminar 7 mil perfis de abusadores, entre os seus 180 milhões de utilizadores. Dois meses depois o serviço denuncia a identificação de mais 29 mil abusadores.



O sucesso das redes sociais e o aproveitamento destas plataformas por abusadores para estabelecer contactos com menores é o problema a que as autoridades começam a dar especial atenção. Roy Cooper, procurador-geral ouvido pela Associated Press, é um dos promotores de uma proposta de lei que pretende obrigar os sites a adoptarem novas medidas de acesso a estas comunidades online.



A permissão dos pais é chave na proposta, que defende a necessidade de uma autorização antes dos menores criarem perfis nos serviços. A mesma proposta prevê a implementação de mecanismos que permitam confirmar a identidade e a idade dos pais e faz mesmo apelo à comparação dos dados fornecidos, com informações constantes de bases de dados comerciais que validem as informações fornecidas. É também admitida a hipótese de vir a ser necessária a introdução de dados dos cartões de crédito e a utilização de formulários impressos para dar segurança aos mecanismos de identificação e autorização de um utilizador.



A lei já foi aprovada no senado da Carolina do Norte, embora os promotores se digam empenhados em conseguir que as empresas de Internet decidam voluntariamente introduzir medidas que garantam mais segurança.



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