Ter uma boa parte da informação pessoal tornada pública é o novo standard da Internet – pois se assim não for, os internautas acabam de certa forma por não conseguirem acompanhar as mesmas tendências que os restantes utilizadores. E daqui para a frente o cenário tende a piorar.



Num inquérito realizado pelo Pew Research Center a propósito do futuro da privacidade, um inquirido considerou mesmo que no futuro a privacidade vai ser um taboo e quem seguir este caminho no mundo online vai ser criticado pelos restantes utilizadores.



O centro de investigação quis saber quem é que concordava com a ideia de que em 2025, daqui a dez anos sensivelmente, haverá uma Internet “segura, popularmente aceite e com uma infraestrutura de direitos à privacidade confiável”. Mais de metade, 55% dos 2.511 respondentes, disse não concordar.



Os restantes 45% estão confiantes numa evolução da Internet promovida pelos reguladores e pelos inovadores tecnológicos – empresas como a Google, Amazon e Facebook. E depois há quem tenha opiniões mais radicais.



Um executivo da British Telecom, Bob Briscoe, diz que pouco se vai alterar nos próximos anos pois os consumidores estão a baixar a defesa no que diz respeito à proteção dos dados pessoais por consideraram que é preciso partilhar alguma informação para acederem a serviços que tornam algumas tarefas mais simples – veja-se o serviço Conspire, por exemplo.



Já o presidente e fundador da empresa de estratégia e marketing online BTx2 Communications defende que nos próximos anos surgirá um novo cargo indispensável nas empresas: Online Public Safety and Corporate Monetization Director – diretor de monetização corporativa e de segurança pública online, em tradução livre. Sem alguém a ocupar esta posição, diz Breanne Thomlison, a inovação não vai acontecer.



Existem outros pontos de vista sobre a questão do futuro da privacidade que podem interessar os leitores, estando disponíveis na página online onde o Pew Research explora com maior detalhe algumas das respostas que recebeu.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico