Netflix está a validar legitimidade das contas partilhadas e vai começar a pedir "provas"

Quem usa contas partilhadas Netflix pode ser chamado a fazer prova de que vive na residência do titular do acesso.   

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A Netflix começou a enviar mensagens a alguns utilizadores pedindo-lhes que se certifiquem se podem realmente usar as contas de que estão a usufruir. Segundo a BBC, as mensagens enviadas pela plataforma de streaming dizem o seguinte: “Se não vive com o utilizador desta conta, vai precisar de uma conta própria para continuar a assistir” aos conteúdos do serviço. 

Contactada, a empresa explica que “este teste foi pensado para ajudar a garantir que quem está a usar contas Netflix está autorizado a fazê-lo”. A Netflix também adiantou à BBC que ainda não tomou uma decisão sobre eventuais medidas para controlar a partilha de contas. No entanto, este é um sinal de que algo está em marcha e que a plataforma, com 200 milhões de utilizadores, 37 milhões dos quais angariados só no ano passado, pretende impor um maior rigor nesta partilha.   

Quem recebe a mensagem para certificar a legitimidade na utilização de uma conta deve fazê-lo através de um código, enviado por SMS ou email para os contactos do titular. Recorde-se que os termos de utilização deste, como de outros serviços de streaming, prevê a partilha de conta apenas entre membros de um mesmo agregado familiar.

O número de acessos partilhados à plataforma de streaming não é conhecido e durante algum tempo, aparentemente, não preocupava a empresa. Em 2016, o co-fundador do serviço Reed Hastings respondia assim a uma questão sobre o tem num webcast: “a partilha de passwords é algo com que temos de aprender a viver, porque há tantas partilhas legítimas, como a partilha com o cônjuge ou com os filhos, por isso não há uma linha clara e nós estamos bem com isso” 

Três anos mais tarde, em 2019, o responsável de produto Greg Peters já admitia que a empresa estava a olhar para o tema, mas sem ter “grandes planos para anunciar de momento”, que alterassem a situação atual, recorda também a BBC.