Um ano depois de estrear a loja Nokia Music Store em Portugal, em Abril de 2009, o balanço “muito positivo” adiantou ao TeK Filipa Appleton, directora de marketing da Nokia em Portugal. Com um catálogo de mais de 7 milhões de músicas, os conteúdos nacionais são uma das grandes apostas da loja que quer reforçar as iniciativas e a oferta.

“Temos a loja totalmente localizada para português, mas os utilizadores têm também uma experiência diferenciada, com acesso a tops, sugestões e a um catálogo de músicas e iniciativas nacionais que é gerido pela equipa portuguesa”, sublinha esta responsável.

Embora não divulgue números de venda de faixas, “a loja tem cumprido as expectativas” e a adesão do público português aos conteúdos nacionais chegou mesmo a ultrapassar as metas definidas pela empresa aquando do lançamento.

O posicionamento da Nokia Music Store, que não quer ser apenas um portal de venda de música mas um ponto de encontro da comunidade, levou ao desenvolvimento de diversas iniciativas que ultrapassam o mundo virtual, como os concertos Nokia OnLive, que a empresa promete continuar a dinamizar e que têm já um novo ponto alto marcado com o concerto dos Crystal Castles e The Horrors, no dia 17 de Abril, no Coliseu de Lisboa.

“Estou convencida que a estratégia é correcta e queremos fortalecer e promover mais iniciativas locais”, adianta a directora de marketing da Nokia.

Com a crescente concorrência de outras lojas de música, também em Portugal, Filipa Appleton admite que a Nokia nunca menospreza a concorrência e que está atenta ao que se passa no mercado. Mas lembra que, seja num modelo similar ou não, o surgimento de outras iniciativas de música digital ajudam a alargar mercado e favorecem a maior familiarização dos utilizadores com esta nova forma de comprar música.

A eliminação de barreiras à aquisição, também nos telemóveis, e a desmistificação do conceito de que comprar música online e sincronizar com os telemóveis é difícil outra das áreas em que a Nokia aposta desde o primeiro dia com a Music Store.

“A tendência é para que a compra seja cada vez mais móvel, com o número de terminais compatíveis já a ultrapassar os 50 e a linha Xpress Music, mas os operadores têm também de facilitar esta estratégia com a venda de pacotes de dados que façam com que os utilizadores não estejam preocupados com o tráfego”, lembra Filipa Appleton.

Actualmente as compras na Music Store continuam a ser principalmente no PC, com os downloads “over the air” a assumirem 20% do volume. Mas a directora de marketing da Nokia não tem dúvidas de que esta é uma das áreas que mais vai crescer em 2010.

Nos planos da empresa mantém-se também a possibilidade de ter músicas sem DRM, um tema que está a ser discutido com as editoras e “está em evolução”, embora não se preveja ainda datas de implementação.

Fátima Caçador