O Departamento de Justiça norte-americano (DOJ) anunciou ontem ter detido mais de 100 pessoas na operação "Web Snare", fruto de três meses de trabalho entre agências federais e nacionais e empresas ligadas à Internet para combater "ciberdelitos" vários como o spam, os esquemas de phishing ou o roubo de identidade.
Um dia antes, o mesmo departamento tinha dado a conhecer os resultados de uma outra operação, sob disfarce do FBI, contra uma rede peer-to-peer que culminou com a apreensão de equipamento informático, entre software e computadores, mas sem qualquer acusação ou detenção (ver Notícias Relacionadas).
Entre os detidos resultantes da Web Snare estão empresas de envio massivo de spam - que representa já 65 por cento das mensagens de correio electrónico trocadas nos Estados Unidos provocando prejuízos avaliados em 8.000 milhões de euros anuais -, mas também indivíduos e grupos que se organizam através da Internet para roubar dados pessoais e de cartões de crédito. As penas podem chegar a vários milhares de dólares e até cinco anos de prisão.
Segundo as contas do DOJ, as vitimas dos delitos enumerados - cerca de 150 mil - perderam aproximadamente 215 milhões de dólares. Até agora 53 pessoas já foram declaradas culpadas em diferentes procedimentos legais, informaram as autoridades norte-americanas.
Foi igualmente assinalado que a Web Snare foi, até à data, a maior operação realizada para perseguir este tipo de delitos e que contou com o apoio das autoridades da Roménia, Nigéria e Chipre.
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