O Departamento de Comércio norte-americano vai enviar equipas de peritos em pirataria a países conhecidos pelas elevadas taxas de actividade pirata e mercadoria falsificada, numa tentativa de combater o roubo de propriedade intelectual no estrangeiro, disse Carlos Gutièrrez, secretário de Comércio.

De acordo com a Associated Press, o objectivo é que estes grupos de peritos, denominados Intellectual Property Rights Experts se reúnam com os principais especialistas da matéria nos países de destino para estudarem casos concretos de violação de direitos de autor. Entre os visados neste plano contam-se países como o Brasil, China, Índia ou Rússia.

Um recente estudo da Business Software Alliance (BSA) e da IDC indicou que 90 por cento do software usado na China é pirata. Na Rússia o cenário não é muito melhor, com 87 por cento, seguido da Índia com 74 por cento, da Tailândia com 70 por cento, do Brasil e do Médio Oriente, com 64 e 58 pontos percentuais, respectivamente.

O secretário do Comércio norte-americano realçou que a inovação é o motor da economia e, por isso, fará todos os possíveis para a defender. A iniciativa também incluirá um programa de formação dirigido aos donos das PMEs sobre a forma como podem proteger os direitos de propriedade intelectual.

"Enquanto os ladrões de software não forem punidos, a inovação sofre e a economia não cresce tão rapidamente quanto devia", acrescentou Robert Holleyman, director geral da BSA, citado pela Associated Press.

No passado mês de Julho, a administração Bush criou uma nova iniciativa para coordenar os esforços governamentais no combate à pirataria internacional e Carlos Gutièrrez garantiu que "estamos a fazer todos os esforços para defender aquilo que está criado".

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