A polícia belga desligou 49 servidores e deteve 10 pessoas na sequência de uma operação internacional de combate à partilha ilegal de ficheiros online. Os números foram avançados ontem pelo Ministério Público do país, relata a AFP.

De acordo com a agência, as apreensões são o culminar de uma operação que visava "grupos de pirataria de filmes e séries televisivas em holandês ou produções internacionais com legendas na mesma língua". As investigações duraram mais de dois anos e envolveram 13 países, entre os quais se encontram diversos Estados-membros da União Europeia.

Bélgica, Holanda, França, Itália, Noruega, Polónia, Suécia, Croácia, República-Checa, Alemanha, Áustria e Hungria foram alvo de buscas durante a noite de terça-feira, numa acção concertada entre as várias polícias europeias, adiantou o porta-voz.

O TeK contactou a Polícia Judiciária para apurar se Portugal estaria, de alguma forma, envolvido na operação, o que não se confirmou.

Durante as rusgas, as autoridades internacionais inspeccionaram 57 servidores de alta-capacidade controlados por quatro grandes grupos de distribuição, que eram responsáveis por cerca de 80 por cento dos filmes holandeses descarregados ilegalmente.

As dez pessoas detidas - na Bélgica, Noruega, Suécia e Polónia - são apontadas pelo polícia como sendo os alegados líderes dos grupos.

Um dos maiores servidores desligados encontrava-se na Polónia, tendo capacidade para armazenamento de 150 a 180 terabytes de dados. Os suspeitos recorriam também a servidores de hospitais e universidades.

As perdas associadas aos downloads ilegais estão estimadas em cerca de 30 milhões de euros por ano na Bélgica e em 6 mil milhões a nível mundial, disse a Procuradoria.