O relatório State of the Internet relativo ao primeiro trimestre de 2013 foi ontem publicado pela empresa que gere uma plataforma global de rede, e que regularmente comunica os dados com base nos dados apurados a partir de mais de 733 milhões endereços IP únicos ligados à Akamai Intelligent Platform.

À semelhança do que já tinha acontecido em relatórios anteriores, no primeiro trimestre deste ano os números obtidos para Portugal mostram declínio em velocidade média de acesso à Internet e também no número de novas ligações em banda larga.

Portugal e a Irlanda foram os únicos países da EMEA a apresentar uma quebra na velocidade média de 1,5%, com uma média de 5,3 Mbps, destacando-se também Portugal como o único país da região da europa, Médio Oriente e África a perder ritmo na taxa de adesão à banda larga, recuando 11%.

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Mesmo assim a taxa média de velocidade de acesso à Internet em Portugal está acima da média global, que se fixa nos 3,1 Mbps, e da média Europeia, que se aproxima dos 4 Mbps.

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A nível global Portugal fica em 33º lugar no ranking de países com maior percentagem de ligações acima dos 10 Mbps na EMEA, mas nas velocidades de pico registadas pela Akamai a posição é melhor, ficando em 17º lugar com 34,5 Mbps.

Os resultados não podem ser explicados pela situação global, que é maioritariamente positiva, mas provavelmente pela conjuntura económica e pela maior maturidade do mercado.

A taxa de adesão global a serviços de banda larga nos países monitorizados pela Akamai subiu 28%, com alguns países a aproximarem-se da duplicação de números, entre os quais se contam a República Checa que chegou aos 96%

O relatório aponta ainda alguns dados relevantes da utilização da Internet, entre os quais o impacto de alguns eventos, como a nomeação do novo Papa ou a morte de Hugo Chávez, no tráfego global.

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A 13 de março, durante o período de uma hora que se seguiu ao fumo branco que anunciou a eleição de Jorge Mario Bergoglio como novo Papa, o tráfego registado na plataforma da Akamai mais do que quadruplicou, chegando aos 2,1 Tbps.

O relatório faz ainda menção à origem de ciberataques, continuando a apontar que mais de metade têm origem na China e Indonésia, revelando ainda que há 10 países que geram mais de 80% de todos os ataques observados.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico