Depois de a Comissão Europeia apurar que 58 por cento das páginas de companhias aéreas e de venda de bilhetes de avião utilizam preços enganadores, com encargos adicionais não indicados, até ao momento da venda, a Comissária Europeia para a Protecção do Consumidor, Meglena Kuneva, veio agora a público anunciar que mais de 50 por cento das páginas observadas e alertadas corrigiram os erros assinalados pelas autoridades competentes dos países membros.



Estas alterações levaram a comissária a referir que desde Fevereiro, altura em que terminaram de compilar os dados, já foram feitos "grandes progressos", mas que ainda há muito por fazer pelo que, até Maio de 2009 os operadores e outros intervenientes na venda online de bilhetes terão de tomar medidas para contornar a situação, antes que seja o executivo seja obrigado a intervir.



A análise mostrava que dos 386 portais observados, oriundos da União Europeia, mais de metade tinha informações falaciosas e revelavam o incumprimento da legislação contra a publicidade enganosa e práticas desleais. A CE conclui mesmo que os consumidores "enfrentam problemas graves e persistentes" nesta área do sector de transportação aérea.


As irregularidades nos contratos de venda foram falhas que afectaram 49 por cento das companhias. Entre essas lacunas encontram-se factores como a falta de informação disponível ou fraca acessibilidade à mesma, a não disponibilização da informação noutro idioma ou a inclusão de opções pré-estabelecidas por defeito.


Cerca de 15 por cento das páginas anunciavam ainda ofertas e promoções através de publicidade apelativa que, ao serem seleccionadas, mostravam-se indisponíveis ou, por outro lado, tornavam-se quase impossíveis de encontrar no site. Por fim, 9 por cento das companhias analisadas não incluíam na sua página dados de contacto ou de apoio ao cliente.


O nome das companhias visadas que ainda não fizeram alterações não foi revelado "por motivo relacionados com a legislação de cada país", embora tanto a Noruega como a Suécia tenham publicado as listas dos sítios Web de empresas do ramo sob investigação, entre as quais a Ryanair, Travelpartner, Mr Jet, Austrian Airlines, entre outras.



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