Uma estudante norte-americana está a processar a Google por violação de privacidade e incumprimento das leis de combate à fraude informática, devido ao novo serviço de "redes sociais" da empresa, o Buzz.

Eva Hibnick, de 24 anos, é aluna de direito da Universidade de Harvard, EUA, e intentou uma acção no tribunal da Califórnia, na passada quarta-feira, alegando que o Google Buzz "tornou publicamente disponíveis dados privados dos utilizadores do Gmail sem o conhecimento ou autorização dos utilizadores", relata a imprensa internacional.

Desde que foi lançado, na semana passada, o novo serviço da Google que integra funcionalidades próprias das redes sociais no Gmail, tem enfrentado várias críticas - nomeadamente por criar automaticamente redes sociais com base na lista de contactos dos utilizadores, permitindo que estes ficassem publicamente disponíveis, sem necessidade de autorização prévia e sem que estes tivessem sequer activado o serviço.

A empresa tem, entretanto, vindo a fazer sucessivas modificações ao sistema, mas a jovem sustenta que as alterações introduzidas não são suficientes e, de qualquer forma, não seriam capazes de reverter a violação de privacidade que aconteceu quando o serviço tornou públicos os contactos no Gmail dos utilizadores sem a sua prévia autorização.

Na acção entregue em tribunal, a queixosa pede a compensação de "danos não especificados" e que a Google seja proibida de disponibilizar o Buzz sem assegurar as medidas de segurança e privacidade apropriadas.

"Sinto que o que fizeram foi errado. Incluíram-me na sua rede social e eu não queria isso", disse a jovem à ABC News. O seu advogado acrescentou ainda que o principal objectivo não é obter uma grande indemnização, mas antes garantir um compromisso por parte da empresa de que uma situação destas não repetirá quando lançarem um novo produto.