Numa altura em que o governo norte-americano em conjunto com alguns sectores industriais recuam na intenção de dar aos consumidores mais garantias em relação às suas informações pessoais na Internet devido à ameaça do terrorismo, a IBM anunciou que irá distribuir um programa gratuito – denominado Tivoli Privacy Wizard – que permitirá às empresas automatizar as suas políticas de privacidade na Internet. Ao mesmo tempo a AT&T indica dispor de um software grátis, cujo nome é Privacy Bird, que alerta os cibernautas acerca das diferentes definições de privacidade nos sites.



De referir que as políticas de privacidade têm vindo a sofrer algumas alterações, ainda na semana passada o portal Yahoo – seguindo o exemplo da eBay e da Amazon – modificou a sua política de privacidade passando a permitir a partilha de informação acerca dos seus utilizadores com as autoridades, em caso de suspeita de actividade criminosa, e com outras empresas no caso de fusão ou aquisição e consequente transferência de clientes.



Em relação às maiores preocupações dos consumidores online, a privacidade continua ocupar um dos lugares cimeiros. Segundo a agência noticiosa Reuters o Tivoli Privacy Wizard vai auxiliar as empresas a acalmar estas preocupações. De acordo com um responsável da IBM este software transforma as políticas de privacidade escritas em linhas mestras electrónicas que podem impedir os funcionários de, por exemplo, utilizar a morada de casa de um consumidor inconvenientemente.



Por seu lado, o programa Privacy Bird da AT&T dá aos cibernautas a possibilidade de eles mesmos definirem as suas regras de privacidade de modo a que recebam sinais de áudio e visuais consoante entrem num site que cumpre as suas exigências, ou não.



Na opinião de Marc Rotenberg, director executivo do Electronic Privacy Information Center, os consumidores querem navegar anonimamente e a disponibilização deste género de ferramentas não contribuem, de facto, para aumentar a protecção dos utilizadores da Internet.



Responsáveis da IBM garantem que estão conscientes que estes programas não vão impedir as violações de privacidade deliberadas, mas servirão para motivar as empresas a melhorar as sua práticas, algo que muitas vezes não o fazem devido ao receio dos custos implicados.



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