Numa altura em que continuam a ser debatidos os assuntos da segurança das crianças online, assim como a proibição dos equipamentos nas escolas, existem posições que consideram não ser o melhor caminho para proteger os jovens. A SaveFamily, especialista em smartwatches com GPS, diz que a simples proibição do uso de tecnologia pode não ser a melhor resposta, uma vez que o mundo está cada vez mais conectado.
A empresa defende que conversar com os jovens e ajudar a promover as suas próprias tomadas de decisões adequadas podem ser uma solução de segurança a longo prazo. A proibição de smartphones nas escolas, sem ouvir primeiros os alunos, não é considerada a solução para os especialistas. Tito de Morais, fundador do projeto MiudosSegurosNa.Net considera que é sempre melhor ouvir os jovens primeiro, antes de qualquer decisão. A responsabilização pode ser eficaz e levar a cumprir a decisão.
A questão para a SaveFamily é que nem sempre os jovens compreendem os debates, ou conseguem distinguir os malefícios e benefícios do uso da tecnologia do seu dia-a-dia. Por isso, cabe aos pais educar os mais jovens para tomarem decisões conscientes, além de os tornar uma voz ativa no que for decidido, tal como o uso dos equipamentos tecnológicos.
Jorge Álvarez, CEO da SaveFamily, destaca que muitas vezes é mais simples e prático optar pela proibição da tecnologia, mas essa decisão pode levar a problemas, como a frustração e mais tarde fomentar os excessos. “Acreditamos que a forma mais adequada de introduzir a tecnologia no quotidiano dos mais novos é começar por educá-los para o seu uso”, refere Jorge Álvarez.
Nas crianças entre os sete e 10 anos não é necessário explicar ao detalhe a tecnologia e os seus malefícios. Mas pode-se esclarecer sobre o uso excessivo relacionado com a falta de concentração. Também se pode alertar para casos de cyberbullying ou perseguições online por parte de estranhos, acrescenta o CEO da SaveFamily.
A introdução faseada da tecnologia também é uma forma de mitigar possíveis problemas. Em vez de um telemóvel, outro tipo de wearables podem ser uma solução, como um smartwatch com conetividade, que permitem fazer chamadas ou aceder a mensagens. Para a SaveFamily, estes equipamentos não se tornam tão invasivos e ajuda a manter o foco no sucesso escolar, assim como a terem comportamentos e brincadeiras que não exigem um tablet ou smartphone.
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