
O psicólogo britânico Robin Dunbar estudou durante meses o nosso comportamento no Facebook, como interagimos na rede social e que influencia tem afinal, na vida real, o tamanho da rede de amigos que mantemos neste tipo de plataformas.
Concluiu que, independentemente do número de amigos que mantemos na rede social, o número de pessoas com as quais podemos contar se algo correr muito mal continua a ser bastante reduzido. O número de amigos próximos também não se altera e não será graças ao Facebook que mais gente se preocupará verdadeiramente consigo se houver algum problema.
A pesquisa baseou-se em 3.375 respostas para concluir que, embora um utilizador do Facebook tenha em média 150 pessoas na sua rede de amigos é muito provável que nem se lembre do nome de todos. Destes só cerca de 50 serão realmente seus amigos, 15 são amigos mais próximos e cinco serão amigos íntimos.
Mesmo entre os utilizadores mais expansivos na rede social, com uma rede de contactos mais abrangente, a generalidade admite que só um quarto das pessoas ligadas ao seu perfil é de amigos verdadeiros. Também entre estes utilizadores, o número desce consideravelmente perante uma questão mais específica, sobre o número de amigos com que o utilizador poderá realmente contar numa situação de crise.
"As pessoas podem ter 500 ou até 1.000 amigos no Facebook, mas o que estão a fazer não é mais do que incluir pessoas a que normalmente chamamos conhecidos, ou que simplesmente já vimos mas que nem conhecemos", defende o investigador que conduziu a pesquisa em declarações à agência France Press.
"Os inquiridos com redes de contactos anormalmente grandes não aumentaram o seu número de amigos chegados só por causa disso. Pelo contrário misturaram conhecidos com o seu círculo de amigos, simplesmente porque a maioria das redes sociais não permitem fazer essa diferenciação", acrescenta o responsável.
Os inquiridos nesta pesquisa têm idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, refletindo a diversidade de utilizadores da rede social, embora também se conclua no trabalho que os mais jovens estão cada vez mais à procura de alternativas ao Facebook. Se em 2013 86% das pessoas com idades entre os 18 e os 29 anos usavam a plataforma, dois anos depois essa percentagem caiu para os 82%. A ganhar com a fuga dos mais novos do Facebook estão serviços como o Instagram, o Flickr, o Vine ou o Snapchat.
Já o número de utilizadores com 65 anos ou mais tem vindo a crescer e chegava no final do ano passado a 48% da população nesta faixa etária (contra 35% em 2013). As duas tendências estarão relacionadas, sendo que uma das razões apontadas no estudo para a saída dos mais jovens da rede social criada por Mark Zuckerberg é a chegada dos pais à plataforma.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Microsoft: 50 anos de história e os marcos da empresa que redefiniu o software na computação pessoal -
App do dia
Pondlife é um jogo relaxante que ensina mais sobre os peixes e animais marinhos -
Site do dia
Aprenda acordes de guitarra gratuitamente através do FretMap -
How to TEK
Instagram muda layout e substitui quadrados por retângulos nos perfis. Como se adaptar ao novo formato?
Comentários