As queixas crime que motivaram a acção da Polícia Judiciária e da Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica (ASAE) contra três sites de P2P portugueses foram entregues pela Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) e a Federação dos Editores de Vídeogramas (FEVIP), comunicaram hoje as duas entidades que representam em Portugal a indústria de música e de vídeo.

Os três sites visados pela acção conjunta das autoridades continuam encerrados e, segundo a informação da PJ e ASAE, eram usados por cerca de 200 mil internautas. Os gestores do Btuga, ZeTuga e ZeMula foram acusados de disponibilização de conteúdos protegidos por direito de autor na Internet e estão sujeitos a termo de identidade e de residência.

O Btuga era o mais antigo e mais usado dos três sites. Um estudo de 2005 da Marktest indica que este site liderava o ranking nacional em relação ao número de horas dispendidas a navegar – 478 mil horas – e
encontrava-se no terceiro lugar em relação ao número de páginas visitadas através de
ISP’s portugueses – com 12,5 milhões de visitas. os últimos dados apresentados pelo próprio
administrador do sistema, e citados no comunicado da AFP e da FEVIP, encontravam-se registados no
serviço Btuga 134.500 utilizadores activos e o site www.btuga.pt era visitado
diariamente por cerca de 110.000 utilizadores, o que dá uma média de visitas anual na
ordem dos 40 milhões.

Na operação da Polícia Judiciária e da ASAE, classificada pelas autoridades como inédita, foram apreendidos ois servidores, instalados em empresas provedoras de serviços de alojamento, computadores e suportes multimédia, entre os quais 370 DVDs com filmes, 385 CDs de música, 142 CDs com jogos para PC, 29 DVDs com Jogos XBox e ainda 4 discos externos com a capacidade de 980 Gbytes) e ainda documentação diversa.

A autoridades avisam que a investigação continua e alertam os pais e educadores dizendo que “face à forma agressiva como a publicidade é feita para a utilização da largura de banda […] recomendam aos pais e encarregados de educação que estejam atentos à utilização da Internet por parte dos educandos”.

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