Afinal quem é que está disposto a apagar o seu perfil no Facebook? 31 de Maio foi designado o derradeiro "Quit Facebook Day", aquele em que os utilizadores deveriam abandonar o serviço para todo o sempre em sinal de protesto contra as sucessivas e prejudiciais alterações à política de privacidade do serviço. Mas as estimativas não fazem antecipar um abandono massivo...

Um estudo realizado nos EUA revela que apenas 11 por cento dos inquiridos tinham conhecimento da iniciativa e, mesmo entre esses, apenas 22 por cento planeiam eliminar a sua conta.

As estimativas, são avançadas pela Pc Mag, com base numa análise da Vision Critical, que entrevistou 699 utilizadores do serviço em território norte-americano.Com base nos dados, a revista faz ainda uma extrapolação interessante: o número de desistentes corresponderá a qualquer coisa como 2 por cento dos membros do serviço no país.

Os números são pouco significativos e acabam por funcionar como uma manifestação de força do serviço, que conta actualmente com mais de 400 milhões de utilizadores em todo o mundo, metade dos quais visita o site todos os dias.

O mesmo inquérito mostrou também que 61 por cento dos entrevistados, que inicialmente estavam descontentes com as novas medidas, ficaram satisfeitos com a resposta do serviço às preocupações manifestadas pelos utilizadores. Recorde-se que o Facebook reviu as alterações e apresentou, no final da semana passada, novas ferramentas na sequência das críticas dos utilizadores.

Apesar disso, 81 por cento admitem que ficaram sob alerta e vão passar a ter mais cuidado no uso da rede social.

A polémica que hoje volta a animar a imprensa, com a expectativa de um êxodo à escala global, já não é recente. A receita que levou ao agendamento do "dia d" também é conhecida: Facebook mexe na privacidade, utilizadores e associações manifestam-se contra. Só que desta vez os utilizadores descontentes foram mais longe e resolveram planear um abandono em grande escala da rede social.

Mas a verdade é que também o fundador da rede social mudou de postura: admitiu erros e introduziu "alterações às alterações", o que pode ter ajudado a comprometer o sucesso da acção de protesto. Agora, resta esperar pelo fim do dia para ver quantos estarão, de facto, dispostos a abandonar a rede social.

O grupo, no Facebook, que apela à adesão à iniciativa conta com mais de 25 mil membros, garantem alguns meios internacionais. O TeK procurou, mas o mais popular que encontrou não ia além dos 6.119 apoiantes.

Paralelamente a esta inciativa decorre uma outra, também de protesto mas mais "soft", que já foi noticiada pelo TeK. Consiste em não usar a rede social durante 24 horas e está marcada para 6 de Junho.