Devido às diferenças entre tarifários pré e pós-pagos para clientes e não clientes, conhecer-se o consumo médio de dados é essencial para garantir que se faz a escolha mais acertada, sublinha o ComparaJá.pt, que fez uma análise das diferentes soluções propostas pelas operadoras, em exclusivo para o TEK.
“Para fazerem a escolha do melhor tarifário de internet móvel para o seu perfil, os consumidores têm obrigatoriamente de identificar a regularidade com que vão usar o serviço, a quantidade de dados de que necessitam e o valor máximo que estão dispostos a pagar. Só desta forma poderão selecionar a melhor oferta entre as diferentes soluções de tarifários pré-pagos e pós-pagos do mercado”, explica Sérgio Pereira, diretor-geral do ComparaJá.pt.
A banda larga móvel, também chamada de Wireless Wide Area Network, permite o acesso à internet de alta velocidade, sem recurso a fios e através de dispositivos portáteis, podendo aceder (em teoria) em qualquer lugar. A forma mais comum de aceder à banda larga móvel é a partir dos smartphones e tablets, mediante um plano de dados. Para além disso, é possível ter internet móvel através de uma pen ou de um cartão SIM que são inseridos num computador ou, ainda, a partir de um router, contendo um cartão SIM, que dá acesso ao seu hotspot particular.
O serviço está disponível em modo pré-pago ou pós-pago, tal como acontece com outras soluções de telecomunicações. “Os tarifários pré-pagos adequam-se mais a consumidores que não se pretendem vincular a nenhum prazo ou consumo específico, adaptando os gastos ao pacote de dados que usa, enquanto os pós-pagos são indicados para quem utiliza banda larga móvel com maior regularidade e já tem um padrão de consumo fixo”, aconselha Sérgio Pereira.
De acordo com a análise feita pela plataforma independente, na oferta de tarifários pré-pagos a MEO surge com uma estratégia diferente das restantes operadoras ao apresentar apenas um pacote de banda larga móvel: mediante um carregamento de 15 euros, o consumidor tem acesso a 30 GB com validade de 15 dias.
Em relação aos tarifários oferecidos pela Vodafone, a estrutura é ligeiramente distinta: pode optar entre as alternativas Vodafone Go e Go light, efetuando carregamentos consoante o período de utilização procurado, medido em dias ou horas, respetivamente. Note-se que a primeira alternativa permite a utilização de um pacote de 30 GB ao longo de um número de dias limitado (entre os cinco e os 90 dias). Por sua vez, a segunda alternativa dá acesso ao mesmo pacote de dados num período fixo de 90 dias, estando, no entanto, a navegação na internet condicionada a um certo número de horas.
Já na NOS a estrutura da oferta passa por ter um determinado volume de dados, de acordo com o valor do carregamento, com validade de 60 dias ou então por usufruir de tráfego ilimitado durante determinado número de dias conforme o carregamento.
Nos tarifários pós-pagos, a MEO e a Vodafone apresentam ofertas idênticas, enquanto a NOS tem uma oferta restrita a um volume de dados de apenas 5GB de internet. No entanto, esta operadora apresenta uma mensalidade ligeiramente mais económica do que a concorrência.
Note-se que há uma clara vantagem no consumo de um tarifário da própria operadora, uma vez que, sendo cliente, se poderá poupar cinco euros em todos os pacotes de BLM (Banda Larga Móvel).
Além disso, por um montante ligeiramente superior, na MEO e Vodafone, é possível tirar proveito de pacotes com volumes de dados bastante mais elevados. Por exemplo, um cliente MEO, por uma diferença de apenas 2,5 euros pode substituir o seu pacote de 10 GB por um de 30 GB.
“Um pequeno esforço monetário permite, frequentemente, aceder a um pacote com mais benefícios”, conclui Sérgio Pereira. “Nesse sentido, é importante ter em conta que nem sempre o produto mais barato é a melhor opção pois não são raras as vezes em que, numa tentativa de poupar, o consumidor opta por um pacote de dados de utilização reduzida e acaba por pagar dados extra”. Isto leva a que no final do mês a fatura possa ser ainda mais elevada do que se tivesse optado por um pacote mais completo, alerta o fundador do ComparaJá.pt.
Olhando à evolução da oferta, face a março de 2017, a NOS manteve a oferta em relação aos tarifários apresentados no último ano. No entanto, no caso dos tarifários MEO, as suas ofertas pós-pagas aumentaram ligeiramente os preços e o pacote de BLM de 50 GB foi substituído por uma oferta que, tendo uma mensalidade mais cara, inclui menos dados (apenas 30GB).
Por fim, a Vodafone efetuou alterações apenas para os tarifários pós-pagos, oferecendo volumes de dados de 5 GB e 10 GB em detrimento dos pacotes anteriores de 3 GB e 7 GB, respetivamente. Esta mudança foi acompanhada por uma subida de até 2,5 euros para clientes atuais e de até 4,5 para não clientes.
“Pela diferença acentuada nos preços, podemos arriscar dizer que a estratégia adotada pelas operadoras nos tarifários de internet móvel é sobretudo orientada para a fidelização dos seus clientes atuais e não propriamente para a atração de novos consumidores”, nota o responsável do ComparaJá.pt.
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