A crise já chegou aos livros digitais, tendo em conta a resolução tomada na passada Quarta-feira pela Random House Trade Group, através de email para a newsletter Publishers Weekly, que anunciou o encerramento do departamento de impressão de e-books, denominado AtRandom, mantendo-se, no entanto, inalterada a publicação de livros digitais.


Aquela decisão deve-se ao facto da escassa procura da versão em papel dos e-books, que desde há um ano se vinha verificando, havendo uma preferência por parte dos utilizadores da leitura em ecrã.


Ann Godoff, presidente e editora da Random House Trade Group, justificando a opção tomada por aquela empresa, referiu àquela newsletter, que este "é o novo mundo que pretendemos ver, sem impressões, sem papel nem encadernações, sem necessidade de conferências de vendas ou impressão de catálogos".


Em consequência da mundança de estratégia, a Random House Trade Group irá acabar também com o nome e o logótipo AtRandom. Apesar deste recuo da AtRandom, os e-books continuam a ser lançados simultaneamente com os livros impressos, não havendo já um departamento específico para o fazer a pedido dos utilizadores, visto isto também se ter revelado muito mais dispendioso.



Ao longo do tempo, a Random House tem sofrido algumas modificações, alterando a natureza das edições de livros digitais. No início apostou em temas de interesse geral, depois ensaios e de seguida uma novela e livros relacionados com a Internet. Dentro desta última categoria, aquela editora online publicou uma obra sobre sites médicos com links para páginas de edição electrónica.

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