Quais os limites da Google ao nível da monitorização dos utilizadores? Aparentemente, a gigante dos motores de busca apenas consegue rastrear os conteúdos de teor pedófilo por todos os seus serviços, incluindo a caixa de email de mais de 400 milhões de utilizadores.



A empresa norte-americana veio a público explicar como procede nestes casos e como conseguiu denunciar um alegado pedófilo, numa partilha de informação que levou a uma detenção por parte das autoridades.



A Google revela que cada imagem de pornografia infantil tem associada uma identificação única. Como a empresa rastreia estes conteúdos para que sejam eliminados do motor de busca, consegue criar uma base de dados e saber onde podem estar esses conteúdos nos restantes serviços da empresa.



A “polémica” deste caso é que a Google também “olha” para o email dos utilizadores, uma ferramenta que todos acreditam ser privada e impenetrável mesmo aos olhos das empresas que o disponibilizam.



O porta voz da tecnológica que falou com a AFP, confirma que os emails são de facto privados, exceto nas situações de pornografia infantil. O responsável disse inclusive que os utilizadores podem estar a planear crimes, como roubos, através do email que a empresa nunca teria forma de saber.



Mas o que a Google fez também está previsto na lei norte-americana, já que a lei federal exige que as gigantes da Internet denunciem todos os casos de pornografia infantil detetados.



Para o executivo da empresa de segurança Virus Bulettin, John Hawes, ouvido pela agência de notícias, o caso explica-se de forma muito simples: “um homem mau cometeu um crime e foi apanhado”. O especialista ironizou depois dizendo que haverá sempre alguém que vai tentar colocar as questões da privacidade acima de qualquer outra situação que tenha acontecido.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico