No relatório, que se debruça sobre a parte económica do setor, os autores concluíram que “o setor da cibersegurança em Portugal, constituído por empresas cujo volume de negócios procede em grande medida desta atividade, integra 144 empresas, que empregam aproximadamente 1.300 trabalhadores e faturam cerca de 130 milhões de euros”.
Ainda assim, o estudo alerta para que, por estas empresas não terem um CAE (Classificação Portuguesa das Atividades Económicas) específico, a dimensão do setor pode ser muito maior.
De acordo com o relatório, “em 2020, o número total de especialistas em TIC [Tecnologias de Informação e Comunicação] empregados em Portugal ultrapassava os 190 mil”, sendo que “entre 2015 e 2020, a oferta de especialistas em TIC no país aumentou em mais de 57 mil trabalhadores”.
Este crescimento, segundo o relatório, “permitiu reforçar o peso dos especialistas nesta área no emprego total (de 3% a 4%) e aproximar-se da média da União Europeia (4,3%)”, sublinhando que, “nos últimos cinco anos, observa-se um ligeiro envelhecimento desses profissionais, em linha com o que acontece noutros países da Europa”.
O estudo concluiu ainda que “quase seis em cada dez profissionais aufere um rendimento entre 20 mil e 50 mil euros anuais (31% entre 20 mil e 35 mil euros e 27% entre 35 mil e 50 mil euros)” e que cerca de “três em cada dez recebe mais de 50 mil euros”, enquanto “os restantes 13%, aproximadamente, têm salários inferiores a 20 mil euros”.
Nos últimos anos, as remunerações dos profissionais de cibersegurança subiram, de acordo com o documento, sendo que “a remuneração média no setor é superior à da média nacional para o mesmo nível de qualificações”.
O relatório dá ainda conta de um inquérito realizado às pequenas e médias empresas, que conclui que “mais de um terço das PME portuguesas dedica à cibersegurança menos de 3.000 euros anuais, um terço mais de 3.000 euros e o resto não sabe (ou não responde) quanto destina a esta função”, acrescentando que “uma em cada dez empresas tem um orçamento de cibersegurança superior a 15.000 euros anuais”.
Além disso, “metade das empresas subcontrata as tarefas relacionadas com a cibersegurança, enquanto aproximadamente um terço as realiza internamente”, com a maioria das PME portuguesas (70%) a terem “apenas um colaborador a tempo integral dedicado às funções de cibersegurança”.
O relatório concluiu ainda que “para quase metade das empresas a principal barreira à implementação de medidas para melhorar os níveis de cibersegurança é o custo das mesmas”, revelando que “quase um quarto das PME portuguesas já foi alguma vez alvo de um ciberataque” e considerando que esta é “tendência crescente”.
Os incidentes mais frequentes para as PME “são o Spam (77,4%), o Phishing/Smishing (59,4%), o Ransomware (51,6%) e o software malicioso em dispositivos (49,7%)”, sendo menos frequente "as tentativas de ‘login’ por parte de terceiros (28,4%), a exploração de vulnerabilidades (22,6%), a engenharia social a membros da organização (16,8%) e o ‘scanning’ dos sistemas da empresa (16,8%)”, lê-se no documento.
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