Ao longo dos últimos anos o investimento dos governos nas Tecnologias da Informação ao serviço da saúde tem aumentado. Passa por permitir a marcação de consultas online, disponibilização de informação para consulta e por um leque de outros serviços, mais ou menos generalizados no sistema nacional de saúde, para falar apenas no sector público.



Um estudo realizado pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa vem agora dizer que só as gerações mais novas estão preparadas para "as transformações tecnológicas em saúde". O documento, divulgado pela Lusa defende assim que, o sucesso dos investimentos tecnológicos nesta área só acontecerá se for garantida a "aquisição de literacias tecnológicas e de saúde".



"Pensar nestas questões apenas do ponto de vista jurídico e normativo ignora que o sucesso ou o insucesso das medidas políticas depende da sua efectiva incorporação por parte dos indivíduos", diz o documento citado pela agência, acrescentando que importa por isso "apostar em programas continuados de aprendizagem em saúde".



Entre os que responderam à pesquisa e nunca usaram os serviços online disponíveis, 29,6 por cento garantem que nunca precisaram. Um pouco mais de 16 por cento admite não saber usar a Internet, 15,4 por cento diz não ter confiança e 10 por cento simplesmente não conhece.

Os investigadores concluem que o contacto pessoal continua a gerar mais confiança junto do consumidor que os novos formatos introduzidos com as TIC, mesmo que estes sejam mais cómodos e rápidos.



"Não é pela sua existência [dos serviços online] que as pessoas vão percepcionar isso como um ganho para a sua vida quotidiana", defende o estudo, realizado a 808 inquiridos entre Novembro e Dezembro de 2010.



Nas pesquisas online a Internet é sobretudo usada para saber mais sobre doenças específicas, ou aumentar o conhecimento em saúde, em termos gerais.