No ano passado, a cada hora houve uma empresa a ser atacada por 106 tipos de malware desconhecido, um número que multiplica por 48 os valores apurados para 2013. E a tendência é piorar.



Os dados, apurados no Relatório de Segurança 2015 da Check Point, voltam a mostrar que o malware é uma das maiores dores de cabeça que se colocam às empresas em matéria de segurança, distribuindo-se entre ameaças conhecidas e desconhecidas.



Nesse universo, o malware de dia zero, que explora falhas que os próprios fabricantes ainda não conhecem e usa o "efeito-surpresa" para potenciar resultados, tem-se tornado cada vez mais relevante, adverte o estudo.



Os bots são outro recurso cada vez mais usado pelos atacantes. No ano passado terá sido um problema para 83% das organizações inquiridas na pesquisa, infetadas por esta via.



O relatório da Check Point concluiu ainda que 81% das organizações analisadas sofreu um incidente que conduziu à perda de dados em 2014 - número muito superior aos 41% revelados em 2013. Também sublinha que os dispositivos móveis são o elo mais vulnerável nas empresas, proporcionando um acesso mais fácil aos seus sistemas que qualquer outra via de intrusão.



Numa empresa com mais de 2 mil dispositivos a possibilidade de, pelo menos, seis dispositivos estarem infetados ou serem atacados é de 50%, diz a Check Point.



"Hoje em dia, os cibercriminosos são sofisticados e implacáveis: aproveitam-se das debilidades das redes corporativas, utilizando qualquer camada de segurança como um convite aberto para entrar ilegalmente", afirma Amnon Bar-Lev, presidente da Check Point em comunicado. "Com o objetivo de se proteger destes ataques, tanto os profissionais da segurança como as empresas devem compreender a natureza dos últimos exploits e como podem ter impacto nas suas próprias redes", explicou.



O estudo da CheckPoint analisou mais de 300 mil horas de tráfego de rede monitorizado, proveniente de mais de 16 mil gateways dotados de soluções de Prevenção de Ameaças e de 1 milhão de smartphones.