O TikTok já é a plataforma social e de entretenimento onde os utilizadores passam mais tempo por mês, um lugar que tradicionalmente era ocupado pelo YouTube. A marca foi alcançada quer nos Estados Unidos, quer no Reino Unido, onde há mais de um ano que é assim, numa demonstração clara da preferência pelos formatos curtos. 

Os dados são de um estudo da App Annie, que para a pesquisa reúne apenas informação de dispositivos Android, que embora representem a maioria do mercado, deixam de fora todo o universo iOS e alguma margem de incerteza quanto ao resultado.  

Nos Estados Unidos os números apurados mostram por exemplo que em junho deste ano os utilizadores do TikTok passavam 24 horas por mês a ver conteúdos na plataforma. No YouTube passavam cerca de 22h40. No Reino Unido indicam que a média de tempo mensal passado a assistir vídeos no TikTok está agora nas 26 horas e no YouTube não vai além das 16 horas mensais. 

A plataforma de vídeos da Google mantém no entanto a liderança no ranking dos sites de entretenimento mais vistos e com mais horas totais de visualização, graças à sua gigantesca base de utilizadores. São cerca de dois mil milhões de clientes, contra os 700 milhões do TikTok. Na análise por tempo total de visualização, a rede social chinesa está também atrás do Facebook, Whatsapp e Instagram. O YouTube leva ainda a melhor em relação ao TikTok, no que se refere aos gastos feitos pelos utilizadores em plataformas sociais e de entretenimento, uma área onde em 2020 (conforme mostra o ranking com os logos das empresas) tinha conseguido liderar. 

Recorde-se que o YouTube também já se posicionou para explorar a tendência dos vídeos curtos, com o lançamento recente do formato Shorts. 

O estudo da App Annie estima ainda que este ano os consumidores vão gastar 6,78 mil milhões de dólares em aplicações sociais, uma soma que continuará a crescer rapidamente, para em 2025 alcançar os 17,2 mil milhões de dólares, segundo as mesmas contas. 

As aplicações sociais, no seu conjunto, consumiram 740 mil milhões de horas a quem as usou durante o segundo trimestre, representando 44% do total do tempo passado online