Descrita como um importante instrumento para a preparação, capacidades de deteção e resposta a incidentes de cibersegurança, a Cyber Blueprint tem por base enquadramentos regulamentares anteriores, integrando também iniciativas mais recentes, como a diretiva NIS2.

Em comunicado, o Conselho da UE detalha que o objetivo da Cyber Blueprint passa por dar resposta a um cenário de ameaças cada vez mais complexo através do reforço das redes europeias já existentes, assim como da promoção da cooperação entre Estados-membros e outros intervenientes relevantes.

"Hoje damos um passo decisivo no reforço da resiliência da cibersegurança europeia”, realça Krzysztof Gawkowski, vice-primeiro-ministro polaco e ministro da Digitalização.

Henna Virkkunen, vice-presidente executiva para a Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia da Comissão Europeia, lembra que "em situações de crise não há espaço para improvisar, especialmente no atual contexto político volátil e em rápida transformação". 

As tecnologias digitais e a conectividade são um dos elementos na base do crescimento económico e da competitividade da UE. No entanto, nesta sociedade cada vez mais interligada e digital, aumentam os riscos relativamente aos incidentes de cibersegurança, que podem afetar a segurança, ecnonomia e sociedade, indica o Conselho da UE.

Os incidentes em grande escala, em particular, podem causar disrupções que excedem capacidade de resposta de um único país ou impactar vários Estados-membros em simultâneo. 

Segundo a Cyber Blueprint, é essencial garantir uma cooperação eficaz a nível técnico, operacional e político para evitar crises que afetrem o funcionamento do mercado interno e que representem riscos significativos para a segurança pública.

Deste modo, o plano apresenta uma explicação clara de quando é que deve ser ativado o quadro de gestão de crises, detalhando também o papel das redes, mecanismos e entidades relevantes a nível europeu, incluindo a ENISA ou a EU-CyCLONe. 

A Cyber Blueprint destaca a relevancia da coordenação na comunicação pública antes, durante e após incidentes, assim como a importância da cooperação civil-militar na gestão de crises geradas por incidentes de cibersegurança, incluindo com a NATO.